A cirurgia bariátrica é um procedimento adequado para tratar condições de obesidade grave. Ela ficou popular como “redução do estômago” porque muda o modelo original do órgão e reduz sua amplitude de receber alimentos, impossibilitando a absorção de um número demasiado alto de calorias.

A obesidade é a quantidade de gordura no corpo, em volume que provoque prejuízos à saúde. 

É uma doença com diversas causas, dentre elas:

– consumo excessivo de alimentos;

– falta de atividade física;

– predisposição genética;

– complicações hormonais.

Uma pessoa nunca operada tem espaço para consumir cerca de 1 litro a 1,5 litro de alimentos, já um estômago pós-bariátrico tem possibilidade para 25 ml a 200 ml.

A cirurgia influencia ainda a produção do hormônio da saciedade, o que diminui o impulso de comer, mas a redução da quantidade é a principal responsável pelo emagrecimento.

A cirurgia bariátrica é indicada para indivíduos obesos com Índice de Massa Corporal (IMC) acima de 40, por exemplo, uma pessoa de 1,70 metro e 116 quilos ou pessoas que tenham IMC acima de 35, por exemplo, uma pessoa de 1,70 metro e 102 quilos que tenha doenças associadas, como diabetes, colesterol alto, hipertensão, hérnia de disco, esteatose hepática (gordura no fígado), entre outras.

  • As técnicas mais aplicadas são:
  • Sleeve: é o procedimento que retira parte do estômago sem modificar o intestino. Geralmente é indicada para pacientes que apresentem um quadro menos grave de obesidade.
  • Bypass: nesse tratamento o estômago é reduzido com cortes ou grampos e é feita uma modificação no intestino para conectá-lo à parte do estômago que irá manter-se funcional.

A bariátrica costuma ser um procedimento seguro, mas é preciso continuar os cuidados pós-cirurgia para evitar inconvenientes e efeitos colaterais. O que afeta mais no pós-cirúrgico é o modo como a cirurgia é realizada, que pode ser de duas formas: laparoscopia: por meio de um curto orifício no abdômen ou aberta por de um corte de 30 centímetros.

As precauções são praticamente as mesmas, mas no caso do método aberto, o paciente deve ficar em repouso por mais tempo para que a cicatrização ocorra satisfatoriamente.

Quem fez a cirurgia por esse método também deve utilizar uma cinta ou faixa abdominal pelo período indicado pelo médico para evitar que os pontos se escapem.

A quantidade de água recomendada tradicionalmente, de dois a três litros por dia, continua valendo, mas o paciente precisa fazer a ingestão em porções muito pequenas, tomadas várias vezes ao longo do dia.

Quanto à alimentação, o paciente deve seguir dieta líquida durante 15 dias, passando para uma dieta pastosa ou branda até ser liberado para a dieta sólida.

Estado emocional e cirurgia bariátrica:

A opinião psicológica é um processo obrigatório para quem deseja fazer a cirurgia bariátrica. É através dela que os especialistas auxiliam os pacientes a caracterizarem “o que é fome” e “o que é vontade de comer”, por exemplo. Além disso, também avaliam a presença de problemas como a depressão, a ansiedade e a compulsão alimentar, sendo acompanhados por vários profissionais de saúde, como nutricionista, endocrinologista, gastroenterologista, psicólogo, entre outros. Embora a perda de peso seja rápida, há risco de o paciente restabelecer o peso.

Quem passou pela cirurgia bariátrica tem dificuldade de comer em excesso porque o estômago não consegue comportar grandes quantidades de alimentos, mas é necessário praticar exercícios e seguir uma assistência com a equipe de saúde.